Uma das questões que costuma suscitar mais stress em relações iniciadas recentemente (ou nem tanto...), é o momento em que se diz, pela primeira vez: "Amo-te!" Se, para alguns, dizê-lo demasiadamente no início, acaba por ser uma forma de usurpação do verdadeiro significado da palavra, com toda a profundidade e emotividade que lhe são inerentes; para outros, a demora em dizer o tão aguardado "Amo-te" constitui sinal de que algo está a correr mal.
Eu sou a primeira pessoa a dizer que as palavras não significam grande coisa, se não forem acompanhadas de acções que as fortaleçam. Porém, nos dias que correm, em que a sociedade é, cada vez mais, marcada pela falta de emotividade, pelo medo de partilha de emoções, pelo receio do que essa partilha pode trazer, um "Amo-te" adquire importância redobrada, pela exposição que impõe à pessoa que o profere, i.e., se esta tomar a iniciativa de o dizer primeiro. Assim, torna-se um acto de admirável coragem dizer o célebre "I love U", sem que o nosso companheiro o tenha dito antes. Todavia, se invertermos este raciocínio, será que não dizê-lo nos transforma em cobardes sentimentais?! Será que esse medo faz de nós silly sissies, que vivem as relações, mesmo sem ter a certeza de que o outro corresponde aos nossos sentimentos ou que é capaz de se atrever a verbalizá-los?!
Geralmente, a solução para este problema é pensar: "Eu não sou cobarde, mas se ele pode dizer primeiro, por que não esperar que o faça?!" Assim, ficamos muitas vezes dias e dias, semanas, meses e anos, à espera que ele ganhe coragem para dizer a tão desejada expressão. O pior é mesmo quando esperamos que ele o faça, quando ele está tempo incontável a dar-nos provas fundamentadas e conclusivas de que não nos ama.
A verdadeira solução, na minha opinião, é ganharmos coragem e não termos medo da exposição que dizer "Amo-te" implica, porque como já disse antes, não há por que ter medo, pois se recebermos um silêncio constrangedor como resposta, ou se ficarmos durante mais umas semanas sem ouvir o retorno da nossa declaração sentida, não há muito mais a fazer. Há, todavia, uma excepção, que se aplica no caso de o homem em questão nos provar, por actos e gestos, o seu amor. Se o homem não o disser, mas o provar diariamente, estará a dizer "Amo-te!" em cada gesto singular e único, o que torna tudo muito mais romântico e duplamente expressivo.
Os homens que sentem dificuldade em verbalizar sentimentos, obviamente, têm sempre na ponta da língua a resposta: "estas coisas levam o seu tempo e só o podemos dizer quando estivermos prontos para isso, e não antes". Eu não poderia concordar mais, mas como já deu para ver, eu não sou uma mulher muito paciente. Tenho paciência, sim, mas não que chegue para ser Madre Teresa de Calcutá. Se não dizem e, mais importante, se não o reflectem nos seus gestos, para mim, não amam... Admito que parece um raciocínio um tanto ou quanto redutor, mas para mim, faz muito sentido!
Desafio para todos os Bubbly APAIXONADOS e APAIXONADAS: dizer "Amo-te!" aos nossos Mais-Que-Tudo, mesmo que isso implique sermos os primeiros a dizê-lo! Quem alinha?!:D
Tinha de deixar esta música, por mais corny que seja, porque se adequa bem ao tema. Stevie Wonder - I just called to say 'I love you'...
I love you, Bubbly Boyfriend!:D
Beijinhos,
A Menina dos Óculos
Eu já o fiz :D ...e sim, fui a primeira, sem medo! hehehe *
ReplyDeleteBoa, Catarina! Eu também já o fiz, nem sei quem disse primeiro, mas faço questão de dizer todos os dias, quando tenho vontade:)
ReplyDeleteBeijocas grandes,
A Menina dos Óculos