Monday 28 March 2011

Personagens que passam na nossa vida...

No Sábado, duas amigas festejaram o seu aniversário juntas. Durante o jantar tivemos oportunidade de conhecer uma típica personagem Portuguesa: o Sr. Manel, o empregado de mesa divertido do restaurante. O restaurante era típico, tradicional e acolhedor e o Sr. Manel, a rondar os 50 anos, com a sua camisa de xadrez e o seu corpo franzino, embora por vezes pudesse parecer inconveniente, com a sua ânsia de participar nas nossas conversas e entrosar connosco, acabou por conquistar a nossa simpatia com pequenos gestos.

De cada vez que o Sr. Manel vinha à nossa mesa, mandava uma graçola, dizia uma piada - viajámos através do mundo  do Coelhinho Adolfo e suas aventuras e conhecemos as teorias de vida do Sr. Manel, baseadas nas suas experiências de vida - e ia-se embora, voltando nos dez minutos seguintes, com nova tirada cómica, propositada, ou não propositada.

Curiosamente, pareceu engraçar particularmente com o meu namorado, que até ao fim da noite já parecia seu best buddy, o compincha de infância. Estava quase a ver o momento em que se abraçavam meio a cambalear os dois, de caneca na mão a fazer brindes ao SLB (CREDO!!! Há sangue azul a correr nas minhas veias!) e em que desatavam os dois a chorar pela muito provável perda do título! Bocas ambíguas como: "Eu levo sempre muitas!", "A lampreia é exótica/erótica!", "Não temos de ter medo de experimentar coisas novas!", "Ninguém gosta de pernas?", "Aproveita as oportunidades que te surgirem hoje, porque amanhã podem não estar lá para ti!" (não necessariamente com estas palavras...) foram o mote da noite. E terminou a noite com a melhor: "Carpe diem!", que me mostrou que o Sr. Manel, à sua maneira, sabe viver a vida, sorrir, tirar o melhor proveito dela e pasmem, até fala latim! Carpe diem, Sr. Manel! A sua boa disposição é contagiante!

De uma coisa não duvido: a noite correu muito bem, o ambiente estava excelente, as aniversariantes estavam ao rubro, animadíssimas e lindas, e o Sr. Manel lá nos distraiu com as suas graçolas, que nos deixaram sorridentes e envergonhadas, simultaneamente, e acabou por presentear as aniversariantes com uma dedicatória personalizada, desenhada na caixa do bolo de aniversária, pintada com uma colher de chá e com vinho tinto a servir de tinta. No final de contas, a sua assinatura veio abrilhantar a noite. São estes gestos inesperados que transformam o Sr. Manel numa pessoa especial.

Beijinhos, BB,

A Menina dos Óculos

Friday 25 March 2011

overdoses de frustração: será esta a nova peste do século XXI?!

Todos temos grupos de amigos! Uns grupos são maiores, outros menores. A questão é: "Serão os nossos amigos, de facto, amigos?!" Até que ponto podemos confiar nas pessoas que auto-denominamos de "amigos"?! Será a sociedade em geral, e o nosso grupo de amigos, em específico, um ninho de hipocrisias, falatório e "diz-que-disse pelas costas"?! 

Tenho dedicado algum tempo à reflexão acerca deste tema, e posso dizer, com orgulho e convicção, que não tenho muitos amigos, mas que ponho a minha mão no fogo pelos que tenho. Se há coisa que abomino é precisamente a hipocrisia, o "'Tás tão linda, querida!" pela frente e o "Já viste que pirosa que ela estava?!" pelas costas. Nunca fui muito de grupos enormes e de confiar verdadeiramente em qualquer um dentro desses grupos. Não que não me integrasse, mas simplesmente sempre gostei mais de pessoas específicas, do que de "grupos". Talvez tenha sido esse o segredo para não sair desiludida das minhas relações com as pessoas em que realmente confiei/confio. Quem não considero amigo, bem pode cortar em mim, com tesouras e com faca afiada, que não me afecta. Afectar-me-ia, sim, se fossem essas as pessoas da minha vida, aquelas em quem depositei sempre confiança, as que me apoiam e apoiaram sempre e as que sempre puderam contar comigo, às 2 da tarde ou às 5 da manhã, para um telefonema na pausa do trabalho ou a meio da noite, com direito a soluços e lágrimas pela meio...

Porém, observando o que se passa à minha volta, e em longas conversas com amigos, o facto que é inegável é que, quase sempre, na maior parte dos grupos de "amigos" (principalmente nos maiores, embora nos mais pequeninos também o haja, muitas vezes), há alguém que não sossega enquanto não "corta" em tudo o que mexe. Provavelmente, são sinais da crise. Porquê?!

Simples, baseando-me numa pessoa com a qual não convivo particularmente (Thank God!), mas com a qual os meus amigos convivem (provavelmente, em demasia...) desenvolvi toda uma teoria acerca do assunto. Tomei a liberdade de a usar - chamemos-lhe Sónia - como cobaia nas minhas reflexões e de a tomar como um protótipo daquele tipo de pessoas a que chamo: "Pessoas-Que-Falam-Mal-De-Tudo-E-De-Todos-Porque-São-Frustradas-E-Invejosas-E-Não-Têm-Mais-Que-Fazer-Para-Ocupar-O-Tempo". 

Estas pessoas são fáceis de identificar. Têm cara de poucos amigos, parece que toda a gente lhes deve, ninguém lhes paga, e quando parecem muito fofinhas estão a dizer mal de nós mentalmente com todas as forças que têm. Além disso, podemos constatar imediatamente que este tipo de pessoa é fraco e inseguro. Que outro motivo explicaria o facto de apenas se sentirem bem quando tentam (infrutiferamente, na generalidade) deitar os outros abaixo (pelas costas, 90% das vezes), caluniando, tirando conclusões precipitadas e sem fundamento, fazendo uso de uma crítica destrutiva, inútil e sem sentido?!

A Sónia, por exemplo, não corta apenas em quem conhece bem. Nãaaao, desata, sem mais nem menos, a falar mal de quem conhece e de quem não conhece. Nada de fazer distinções! Fala mal dos amigos e das amigas (não faz distinção de sexo) e dos amigos que são como irmãos de coração (próximo de nós ou não, qualquer um serve para falar mal) - ao menos isso, haja igualdade neste país! E, se, realmente, todas acabamos por criticar esta coisinha ou a outra naquela X pessoa, a Sónia não se fica por aí, pois critica a Joana, porque ganha dinheiro e o gasta, critica a Maria, porque não estuda e não trabalha, critica o Jorge porque tem uma vida promíscua, critica o Manel, porque tem uma relação apaixonada demais, critica a Patrícia, porque se veste de forma diferente e "acha que percebe de moda", critica a Lúcia, porque anda sempre triste, critica a Rosa, porque se ri demais, critica o José, porque "se acha bom". O melhor de tudo é que comparando com os outros, que são mais jovens, mais bonitos, mais generosos, bem-humorados, mais felizes e com uma vida bem mais satisfatória que a sua, a vida da Sónia é um NADA, sem nada de interessante, sem nada de bom, sem nada que se inveje! E é isto que explica o porquê de haver pessoas assim: inveja de quem trabalha, vive bem, sabe vestir-se e tem uma vida activa, apaixonada e dinâmica... Por outro lado, Hmmmmm! Ah, já sei, este comportamento também pode ser provocado por uma overdose de frustação! Será?!

Porém, isto não é tudo, algumas destas pessoas, tal como a Sónia, quando confrontadas directamente em relação a algo com que não concordam, ou quando alguém lhes toca no dói-dói, respondem de forma agressiva, pois elas próprias não sabem lidar com os seus problemas e, visto que são fracas, não sabem reagir quando se lhes toca na ferida. Qual a melhor solução que encontram?! "Toca a falar mal desta, que audácia, resolveu enfrentar-me!" E enfim, já não há quem ature a Sónia, que fala mal de toda a gente e toda a gente sabe disso, por isso toda a gente fala mal da Sónia! Já viram bem este ciclo vicioso?! É FAN-TÁSTICO!

A conclusão imediata que se pode tirar é que as "Pessoas-Que-Falam-Mal-De-Tudo-E-De-Todos-Porque-São-Frustradas-E-Invejosas-E-Não-Têm-Mais-Que-Fazer-Para-Ocupar-O-Tempo" se preocupam em demasia com o que as vidas dos outros têm de bom ou excelente, porque as suas próprias vidas têm uma falha gigantesca de realização pessoal e amorosa, de felicidade, de gargalhadas. Assim sendo, digo eu, deveriam investir mais nas suas próprias vidinhas, corrigir o que está menos bem nas suas relações (de amizade e amorosas), se as houver, comprar uma Vogue now and then, comer um balde de Häagen Dazs para amaciar o azedume, aprender a rir - sem que isso implique falar mal dos amigos-, deitar ao lixo "a cara de poucos amigos", parar de ser desagradável e deixar de responder com agressividade ao confronto directo e a opiniões divergentes. É que, sendo honesta, a minha paciência para este tipo de pessoas está em vias de se esgotar e, pelos vistos, isto é um mal que se está a espalhar! Já não há paciência! Toca a crescer, minha gente!:)

Para vocês BB, tenham um óptimo fim-de-semana! Lamento não ter feito updates das comprinhas nos últimos tempos, mas como sabem, o tempo é escasso. Ah, quanto à peça de teatro, aconselho, foi divertida, animada e para quem conhece a obra de Almeida Garrett é ainda mais interessante. Quem não conhece, não perde nada em ir ao teatro e ficar a conhecer!:)

Beijinhos enormes e até amanhã!

A Menina dos Óculos

Friday 18 March 2011

Com Garrett no coração

Depois de um dia de trabalho e compras (não para mim, mas para a casa e para o papá) nada melhor do que espairecer com uma ida ao teatro. 



Hoje estreia a peça "Com Garrett no coração" no Teatro Sá de Miranda e, dado que recebi o convite para a estreia na semana passada, decidi fazer a reserva e ir com o Mr. Bubbly. Esta é uma peça de Fernando Gomes, protagonizada, ao que parece, pelo mesmo. Pessoalmente, o título da peça deixou-me bastante curiosa em relação ao conteúdo da mesma. Questiono-me se será uma peça fundamentalmente biográfica ou se funcionará como uma espécie de compilação da sua obra literária, vasta, romântica (em termos da corrente literária em que se insere) e bem Garrettiana, como não poderia deixar de ser! 

Termino com a apresentação do restante elenco:
Ana Perfeito, Elisabete Pinto, Hugo Cardoso, Mário Sá, Marta Moreira Lopes, Ricardo Simões, Tiago Araújo.

As expectativas são altas! Veremos! Para quem for assistir à peça hoje à noite, até jáaaaa!:) Como diz o cartaz publicitário da peça: "VENHA AO TEATRO"!

Beijinhos,

A Menina dos Óculos

Wednesday 16 March 2011

need you badly!


Breil Milano lady - BW0472
 
 
Mulberry Alexa Petticoat White Soft Buffalo

E fico-me por aqui mesmo... Se conseguir estes dois nos próximos tempos, vão dormir comigo na cama!

Beijinhos e sonhem com estes tesourinhos brancos!

A Menina dos Óculos
 

Adivinhem quem vai casar...

O Bonifácio! Sim, o Bonifácio vai casar!! E sim, é com a sua "mulher linda, praticamente uma top-model de fazer parar o trânsito"! Quando achamos que mais nada nos espanta, temos surpresas destas! Parabéns aos pombinhos!

beijinhos BB,

A Menina dos Óculos

Monday 14 March 2011

Slippers and flip-flops...

A Língua Portuguesa tem palavras deliciosas como "chinelo". Adoro o modo como esta palavra é utilizada metaforicamente para apontar o dedo principalmente aos homens que são um baralho de cartas na mão de uma (ou mais...) mulheres (frequentemente são chinelos em relações sucessivas) e resumem-se a isso: chinelinhos, flip-flops relação após relação... Aqui há, antes de mais, que fazer uma importante distinção: os chinelos que já estão numa relação e, os piores, que já são chinelos antes mesmo de poderem falar da "tal miúda" como "a minha namorada". Esses são os mais anedóticos, atrevo-me a dizer. O gozo que me dá assistir às figurinhas que fazem. Não é tão bom como assistir semanalmente ao How I met your mother, mas assumo, está bem lá perto!

Pleno século XXI e parece que, cada vez mais, há chinelos! E há-os por todo lado. Uns são nossos amigos, outros conhecidos, outros já construíram habilmente, e com muito sacrifício, diga-se de passagem, toda uma reputação de chinelo na cidade e arredores.  É no cinema, é no café, é na praia ou no supermercado. Em cada esquina vemos um chinelo. Como reconhecê-los? Elementar, meus caros BB: geralmente vão ao lado de uma mulher (e por vezes de uma mulher e das amigas) e são completamente ignorados por ela/elas, servindo apenas para acatar as "sugestões" (leia-se "ordens") que as mesmas (in)discretamente propõem, e para satisfazer os seus mil caprichos. De ora em diante, quando saírem à rua, abram a pestana e vão identificá-los tão facilmente que se vão questionar como não tinham reparado neles antes?!

De qualquer forma, benditos os chinelos, digo eu! Facilitam em muito a vida às mulheres que precisam apenas de motoristas para as levarem às discotecas ou para as levarem às compras, sem cobrar um cêntimo! Agora que penso, o Mr. Bubbly não é chinelo (THANK GOD!), mas lá que me dava jeito um chinelo para me levar as comprinhas a casa now and then, admito que dava! Bem vistas as coisas, os chinelos até são úteis para a sociedade. Vejamos: 

1) sem eles, seria um pouquito mais difícil algumas mulheres se sentirem no topo do mundo após o final de uma relação fracassada e traumática;

2) ter motorista de graça não é para todas; é apenas para quem tem um chinelo;
3) dá um certo gozo ver o olhar babado deles a olhar para as donas; ou seja, conviver com um chinelo é puro entretenimento;

4) o ego das mulheres inflama imediatamente;

5) ter alguém a dizer "Ámen" constantemente poderia ser bem aborrecido, caso as donas dos chinelos os levassem mesmo a sério mas, sejamos honestas, quem tem um chinelo e se deixa estar, prefere beneficiar do facto de o ter à mão, a ter "um-homem-à-séria" ao seu lado, com tudo o que isso implica: partilha e aceitação de diferentes opiniões, negociação, diálogo,  discussão de assuntos, e cedências. Daí que, tendo isso em conta, muitas vezes, calculo que deva dar um jeitaço não ser sequer questionada. Pessoalmente, sou apologista de que uma boa discussão é muito benéfica, quando, de facto, há amor, no sentido em que eu o perspectivo, pelo menos;

6) eles levam-nas às compras e carregam-lhes os sacos do supermercado;

7) enquanto algumas mulheres se encontram em fase de transição (terminam uma relação e estão à procura de outra) são, muitas vezes, os chinelos que, ingenuamente, as apresentam a potenciais possíveis futuros namorados, o que é fantástico, porque não só lhes dão um jeitaço, como também as encaminham na direcção certa. FAN-TÁSTICO!;

8) quando numa relação séria, os chinelos dão também uma sensação de segurança indescritível. "Ciúmes?! Naaaah! Ele é o MEU chinelo!!" (quase poderia ter dito "ma bitch!")

E os benefícios vão por aí fora... Embora tenha em mente as vantagens de ter por perto um "chinelo", não é coisa para mim! Bendito Mr. Bubbly e bendito o facto de ele ter opinião própria e questionar aquilo com que não concorda. Relações de treta não fazem muito o meu género. Para quem for chinelo assumido, boa sorte com isso!;)


Beijinhos,


A Menina dos Óculos