Amanhã é o grande dia para dois amigos meus que decidiram casar-se. A madrinha, que coincidentemente é a minha melhor amiga, anda doida da vida com os preparativos finais e com a montagem do vídeo de testemunhos. Nós as duas já fizemos o nosso juntas, mas como a noiva até vai acompanhando este blogue, não convém nadinha ela saber do que se trata. Espero só que se divirta tanto a ver o vídeo, como nós nos divertimos a fazê-lo.
E relativamente a este assunto, há tempos, escrevi uma crónica para o 24 Horas acerca do tema casamento. Chamei-lhe: "Casar, ou não casar, eis a questão!" e decidi partilhá-la e publicá-la hoje, aqui, excepcionalmente, em segunda mão, mas com muito boa vontade e dedicá-la a este casal, a M. e o Alfaiate, desejando-lhes toda a felicidade do mundo. São casais como eles que me fazem acreditar no que expresso neste texto.
"Casar, ou não casar, eis a questão!
Confesso-me, desde já, culpada dos crimes horripilantes de romantismo incurável, fé absoluta no amor eterno (e quando não é eterno, também sou crente nos poderes curativos do divórcio) e “mito das duas metades da laranja”. Passarei, em seguida, a apresentar os argumentos, em minha defesa, para absolvição da pena proposta pela acusação, constituída por todos os que não acreditam no enlace no papel e no mito do encantamento duradouro.
A questão de muitas pessoas é: “Porque é que as pessoas se casam?!” A minha questão é: “Porque não casar, quando há certezas?!”
Considero que nem todas as pessoas têm de casar, mas sim, aquelas para as quais isso é essencial em termos de realização pessoal. O casamento só faz sentido quando há certezas, no momento, de que se ama a pessoa em questão e de que aquela pessoa é a pessoa perfeita para nós. Pode não ser uma pessoa perfeita (que tal não se exigiria de um ser humano), mas deve ser “a nossa pessoa perfeita”.
Podemos errar, obviamente, e o tiro pode não ser certeiro. Porém, eu sou defensora de que, mesmo que não funcione posteriormente, no momento do “I do”, temos de sentir o compromisso e assumi-lo como se fosse para sempre.
Contra-argumentará a acusação: “E se não dá certo?! Não era mais fácil não ter casado?”, argumento esse que contraponho com o seguinte: nada nos obriga a permanecer ao lado de uma pessoa, se ela já não nos faz feliz, mas a história de amor ninguém poderá apagar. Eu defendo simplesmente que quem sempre sonhou com esse dia, deve poder realizar o seu sonho!
Absolvida?!"
Lanço um desafio para amanhã, já que o casal é muito adepto de um pezinho de dança: que tal um momento Grease?! Tal e qual como este?!
;P
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Felicidades! Beijocas,
A Menina dos Óculos