Eu e a minha melhor amiga conhecemo-nos desde os 5 anos e com o passar dos anos, vivemos imensas aventuras, passámos por imensas experiências juntas e sempre partilhámos as experiências que vivíamos separadas com a outra. Enfim, somos o melhor exemplo de Bestest Friends.
Durante estes anos de amizade e convivência, acabámos por construir teorias em relação a todos os temas possíveis e imaginários, mas as nossas teorias preferidas foram sempre as teorias sobre os homens. Uma delas, revelou-se imensamente útil para nós as duas, e desde que a pusemos em prática, que as coisas têm corrido bem melhor. Porém, quando se ignora esta teoria, bad things can happen! Buuuuuuuh!
A teoria é simples, chamámos-lhe: "A Teoria das Prendas" e passo a explicar no que consiste. Basicamente, eu e a minha amiga descobrimos a solução mais eficaz para quando estamos num daqueles inícios de relação que ainda não é muito certo e não está muito estável ou seguro, ou até se estivermos a viver uma "quase-relação" e, por obra do diabo, nos apercebemos que "Não é que chegou o aniversário do menino?!" ou "Raios, vou de viagem e tenho de trazer alguma coisa. E agora?!" ou "É Natal! Vou ter de lhe dar uma prenda. Estou tramada!" Segundo a nossa experiência (confesso que ela tinha mesmo muito azar com isto e com ela a teoria esteve sempre certa), quando se está numa situação do género e se dá uma prenda avultada ao homem em questão, passa uma semana (no máximo, duas) e ele dá-nos um valente chuto no rabiosque. Com "prenda avultada", quero dizer uma prenda cara ou com aspecto disso. Acreditem que esta teoria foi testada à exaustão ("sim, porque eu estou tãaaaaao apaixonada que vou esvaziar a conta bancária - ou quase - para agradar o menino") e funcionou sempre, sem excepção, connosco. Estipulámos, na altura, há já uns aninhos, um valor, uma barreira que não poderíamos ultrapassar, quando nos encontrássemos numa situação idêntica e tivéssemos de comprar prenda para o "Potencial-Futuro-Namorado" ou "Quase-Namorado", ou "Namorado-Extremamente-Recente" ou "Senhor-Com-Dúvidas" ou whatever! Não poderíamos, então, ultrapassar nunca os 50 euros, sendo que o ideal era mesmo dar uma prenda entre os 20 e 30 euros, mais precisamente.
Desde então, temos observado e analisado (indiscretamente) a veracidade da teoria com a vida das nossas amigas (sim, eu e ela já temos Homem e relação estável, por isso, já não há como testarmos directamente a teoria) e continua a mostrar-se infalível! No outro dia, estava em conversa com uma amiga que me contou que uma amiga dela no Natal tinha dado ao seu "Quase-Namorado" uns botões de punho da Armani. Pensei logo: NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!" e a teoria revelou-se verdadeira, mais uma vez, infelizmente!
Por isso, resolvi partilhar a teoria com todas, um gesto que pode ser entendido como "Solidariedade Feminina" e como reacção ao facto de ver tantas amigas e amigas de amigas a cometer, consecutivamente, os mesmos erros, que levam sempre ao tão indesejado "Final Infeliz". Assim, ficam todas avisadinhas, desde já, e acabaram-se as desculpas para gastar 200 euros na prenda para o homem e levar com os pés, na semana seguinte! Nessa fase, gastem o dinheiro convosco!
Ai, já estou fartinha de ter sempre razão!;)
Beijinhos grandes,
A Menina dos Óculos
Nunca sofri na pele esse pontapé no rabo após presente de grande valor. Felizmente. Pensando bem no assunto também nunca ofereci presentes grandes a nenhum namorado ou similar... As coisas grandes que comprei eram sempre para dois:tipo despesas com viagens.Aliás, acho que para mostrar afeição não é preciso muito tostão. São as coisinhas pequeninas que nos lembram aquela pessoa, que por um acaso encontramos e decidimos comprar só porque sim, que mostram a afeição. Nem que seja o chocolate favorito, por exemplo. Mas já assisti a um caso desses: dar prenda cara e levar pontapé no rabo uns dias depois. Interrogo-me qual a razão. Será que se sentem "comprados" e "manipulados"? Infelizmente, tem-me calhado sempre a mim dar a primeira prenda e aí opto sempre por coisas consensuais e relativamente baratas sem "parecer mal". Se possível simbólicas: curiosamente quase sempre livros. Num determinado caso foi um Bonsai que tristemente deve ter sido abandonado pela criatura em questão num contentor sem culpa nenhuma do falhanço da relação. Tenho é uma questão: e quando eles nesses começos periclitantes nos oferecem coisas caras? Eu pelo menos não gosto de me sentir em "dívida" com ninguém. Como agir? Beijinhos
ReplyDeleteQue disparate. É dar prendas grandes e com muita frequência. Mimá-los como se não houvesse amanhã. :p
ReplyDeleteCat,
ReplyDeleteEssa história do bonsai deixou-me triste. Fiquei com o desejo esperançado de que ainda se encontre lá, verde e radiante, na prateleira da estante da sala, como reminiscência de tudo de bom e inesquecível que viveram juntos no passado.
Essa questão que colocas, o outro lado da moeda, ou seja, como é que nós reagimos quando nos oferecem um presente avultado, sem que a relação esteja ainda sólida, é interessante. Honestamente, já me fizeram isso, e numa das vezes acabei por não ficar com a pessoa. Acho que comecei a desvalorizar as coisas, depois desse gesto. Também já me aconteceu o contrário, ter ficado com a pessoa e lá no fundo ter pensado que aquela pessoa me fazia sentir muito especial. O meu namorado actual nunca foi muito comedido nas prendas dele e a verdade é que ainda estamos juntos.:)
Acho que com as mulheres a teoria não se aplica de forma infalível.
Relativamente ao que perguntas, "como agir quando eles nos dão primeiro uma prenda mais cara", penso que se eles se antecipam e o fazem primeiro (os homens, especialmente os que não são ricos, não costumam oferecer prendas caras, a menos que não estejam perdidamente apaixonados), deveremos também nós colocar a teoria de lado e ao oferecer uma prenda, oferecer o que bem nos apetece, independentemente de quanto custa.
Beijiiiinhos!
Hugo,
:) Eu dou prendas grandes e mimo muito, agora que tenho uma relação estável. A teoria defende que não se deve dar prendas caras e mimar todos os dias enquanto não há ainda uma relação segura.
Mas gostei do facto de haver um homem a sair em defesa dos outros!:)
Obrigada pelo contributo aos dois!
Beijinhos,
A Menina dos Óculos