Thursday 20 September 2012

ciumeira danada!



No regresso muito aguardado aos meus posts acerca de relacionamentos amorosos, e enquanto me debruçava sobre o assunto: "Mas sobre que raios vou escrever hoje?", surgiu de rompante na minha cabecinha o título (que aproveitei, note-se!) "Ciumeira danada".

Embora haja pessoas pouco ou nada ciumentas (diria que a percentagem não será elevada), sou menina para afirmar que o número de pessoas que têm vontade de arrancar cabelos (os seus e, principalmente, os do 'pouco provável, mas possível/potencial/claro' alvo da atenção do/a companheiro/a) à mínima desconfiança que o seu parceiro amoroso lançou um olhar insinuante à X pessoa que passou à sua frente ou que está do outro lado da sala a beber uma Cuba Libre e metida nos seus assuntos é muito superior (isto para não falar de casos mais escandalosos e evidentes, ou, como diz o outro, Óooobiiiios).

E se, como se costuma dizer, o ciúme é prova de amor, também é verdade que tudo o que vem em exagero enjoa e faz mal à saúde. Por mais que isso não abone a nosso favor, a verdade é que, e vou aqui concentrar-me no ciúme feminino, as mulheres são extremamente competitivas entre si, o que lhes traz inseguranças extra e, muitas vezes, desnecessárias se bem que, às vezes a vontade de dar um estalo bem dado a alguma nojentinha que se arma em esperta é mais que muita, que o diga eu - é melhor deixar de escrever estas coisas ou ainda me acusam de excesso de agressividade no blogue, e logo eu, que sou um docinho de côco.

Em pleno século XXI, a mulher quer-se confiante, segura, inteligente, uma mulher que ande ao seu próprio passo, que controle a sua vida (dentro do que é humanamente possível), o que nem sempre é necessariamente verdade. Dizem vocês agora: "Pois, pois, falar é muito bonito, mas e fazer?" Sim, é facto que a insegurança acaba muitas vezes por surgir à superfície e por nos levar a fazer coisas patetas e que podem colocar a relação que estamos a tentar preservar numa situação de risco, mas lá está, se não há nenhum tipo de confiança, também não faz sentido estar com a pessoa, certo? E uma coisa é o homem estar a mentir-nos à descarada, sabendo nós, de forma segura, da verdade factual; outra muito diferente é uma miúda ter passado à sua frente e ele, coitado, ter olhado para ela (era ela ou o poste, é compreensível que opte pela primeira opção, digo eu, vá).

Claro que nem sempre é tudo tão preto no branco, e por vezes estamos desconfiadas, mas não sabemos se ele está a esconder alguma coisa (pode não estar), mas sabemos que se estiver, é sereia da graúda. Nestes casos, aconselho inteligência e clareza. Controle, BB, controle é a solução para isso. Acima de tudo, é importante conhecer o nosso companheiro, perceber bem se ele se tem comportado de forma diferente no geral, se ele sempre foi de olhar para a perna da vizinha, ou pior, se tem tendência para tocar desnecessariamente na perna dela; ou se, pelo contrário, o homem é um santo que nos venera, embora de vez em quando lá deixe escapar ou fale abertamente connosco que X ou Y é muito bonita, o que não tem nada de mal.

Depois da fase de análise do tipo de homem que está ao nosso lado, nada de berreiros, nada de discussões de fazer vibrar as paredes do vizinho. A melhor forma é questionar de forma ingénua e indirecta (isto é, questões como "Estiveste com a Francisca de Tal ontem à noite no final do trabalho?" estão proibidas), para que ele não fique apavorado à primeira, caso estejamos erradas. Se a resposta for convincente - e aqui é preciso conhecer bem o homem que está à nossa frente e perceber até que ponto o gene de playboy lhe está entranhado no sangue - óptimo, assunto resolvido, PRÓOOOXIMO!

Se a resposta não bater certo de alguma forma, ou nos deixar com a pulga atrás da orelha, aconselho reavaliar a relação e o que queremos de facto, bem como se ele é o tipo de homem que queremos do nosso lado. Depois disso, um conversa final e franca é suficiente para tomar uma decisão sensata.

Como disse, apesar de nem sempre ser assim, o ideal é termos confiança em nós e nele. É essencial que sintamos que o nosso companheiro, tal como nós, se mostra, ao longo do tempo, digno dessa confiança, através de pequenos gestos diários de carinho e amor, que nos mostram que se preocupa connosco e nos ama, just the way we are, com as nossas inseguranças e tolices.

E para todas aquelas mulheres que querem espetar um estalo na fulana que se meteu descarada e desavergonhadamente com o vosso namorado/noivo/marido, comportem-se como as ladies que são - uma estalada de luva branca sabe sempre melhor e não nos deixa a mão vermelha. Trust me!

Beijinhos,

A Menina dos Óculos
The Bubbly Girl In Glasses

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