Friday 14 May 2010

Quando as nossas hormonas pulam como cangurús...

Há certas alturas em que as nossas hormonas parecem ficar saltitantes, inquietas e nós próprias nos sentimos mais carentes do que o normal. Nunca se aperceberam disso antes?! Nunca repararam que, em determinados momentos da nossa vida, a necessidade de carinho, miminho e atenção cresce de tal forma, que só mesmo com muito esforço é que um homem consegue dar-lhe resposta?!

Eu já tive fases dessas no passado (muitas vezes coincidiram com a TPM, mas nem sempre) e considero que para um homem não deve ser propriamente fácil lidar com estas mudanças de humor que às vezes se apoderam de nós. Claro que estas alterações de humor não se manifestam de forma igual em todas as pessoas, mas em termos de relação acabam sempre por influenciá-la internamente, positiva ou negativamente.

De qualquer forma, os próprios homens passam por fases semelhantes em termos de instabilidade emocional, mas geralmente não lhes dá para ficarem tão needy, como nós ou, pelo menos, não o demonstram. É possível que, pelo facto de terem de passar a imagem de Super-Machos e por terem sido educados, muitas vezes, em quase total privação de expressão de sentimentos, que é considerada por muitos, "um sinal de fraqueza, passível de ser associada unicamente ao sexo feminino" não consigam sequer entender essas fases e verbalizar o que sentem.



Há cerca de ano e meio atrás, levei a seguinte questão para um debate numa turma de adultos: "Should men cry?!" e sorteei duas equipas uma "pro" e uma "against". Já não me lembro qual foi a equipa que venceu o debate, mas lembro-me perfeitamente que as equipas chegaram à conclusão (no final do debate, numa troca de ideias livre) que os homens deveriam ter o direito de se poder expressar com mais abertura e que a sua educação não deveria ser no sentido de os transformar em seres tão durões que são incapazes de chorar e de expressar os seus reais sentimentos. Porém, analisámos também o outro lado da questão. Afinal, como reagiríamos se um homem, no nosso "first date", que poderia consistir numa ida ao cinema, por exemplo, para assistir a uma comédia romântica, desatasse a chorar e a soluçar, qual mulher sensível, a meio do filme?! Provavelmente, também acharíamos estranho e para muitas de nós, não haveria sequer um "second date"... É uma questão de mentalidade e educação, mas haverá volta a dar e será isso o desejável?!

Fiquem com o incontornável (num texto relativo a esta temática) The Cure (love love love them), "Boys don't cry".


Beijinhos enormes,

A Menina dos Óculos


4 comments:

  1. Estava agora a imaginar-me nessa situação do cinema... Acho que não haveria second date, mesmo! Não têm que ser umas pedras de gelo, mas também há limites para o contrário.
    kiss

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  2. Olá Mi!

    Pois, foi o que as minhas alunas concluiram na altura. Porém, imaginar a situação na aula (uma aula em que os homens, por acaso, não poderam ir e estávamos só mulheres) deu direito a umas boas gargalhadas.:)

    Beijinhos grandes,

    A Menina dos Óculos

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  3. o termo "tpm" é espectacular :)
    mas concordo contigo :)

    kiss kiss

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  4. Olá Marco Rebelo!

    Sim, o termo é, acima de tudo, muito útil, já que o usamos para desculpar mil e uma coisas ("aaah, estou aborrecida, deve ser da TPM", "respondi-te torto, é que estou sem paciência, só pode ser da TPM", etc etc etc. :)

    Beijinhos grandes,

    A Menina dos Óculos

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